Os ritmos biológicos são expressões fundamentais da vida e refletem a relação íntima entre a fisiologia humana e os ciclos da natureza. Para além dos ritmos vitais básicos — cardíaco, respiratório e circulatório — existem ciclos mais amplos, como os circadianos, ultradianos e sazonais, que regulam a homeostasia e condicionam a capacidade de adaptação do organismo.
Na tradição osteopática clássica, John Martin Littlejohn destacou a importância da observação rítmica na circulação e na respiração como manifestações essenciais da autorregulação. T. E. Hall e John Wernham aprofundaram esta visão, salientando o valor da harmonia rítmica do corpo como base da saúde estrutural e funcional.
A investigação científica contemporânea, através da cronobiologia e do estudo da variabilidade autonómica, confirma e amplia estes conceitos, mostrando como a desorganização dos ritmos biológicos está associada a múltiplas disfunções clínicas.
Nesta masterclass, serão abordados:
* coffee breaks incluidos. Almoço não incluído.
Glass, L. (2001). Synchronization and rhythmic processes in physiology. Nature, 410(6825), 277–284. https://doi.org/10.1038/35065745
Hall, T. E. (1956). Techniques & diagnosis. London: Institute of Classical Osteopathy.
Littlejohn, J. M. (1907). The principles of osteopathy. Chicago, IL: The National Osteopathic Book Company.
Moore-Ede, M. C., Sulzman, F. M., & Fuller, C. A. (1982). The clocks that time us: Physiology of the circadian timing system. Cambridge, MA: Harvard University Press.
Porges, S. W. (2011). The polyvagal theory: Neurophysiological foundations of emotions, attachment, communication, and self-regulation. New York, NY: W. W. Norton.
Refinetti, R. (2016). Circadian physiology (3.ª ed.). Boca Raton, FL: CRC Press.
Shaffer, F., & Venner, J. (2013). Heart rate variability anatomy and physiology. Biofeedback, 41(1), 13–25. https://doi.org/10.5298/1081-5937-41.1.05
Wernham, J. (1985). Principles of osteopathic technique. Maidstone: The Institute of Applied Technique.
Membro do Registro de Ostéopatas da França
Diplomado em Osteopatia
Diploma de Universidade de Anatomia aplicado ao exame clínico e à imagem
Antigo encarregado do curso de Ostéopatia no Collège d'Enseignement Traditionnel de Ostéopathie Harold Magoun
Antigo responsável pelo departamento Viscéral do Instituto Supérieur d’Ostéopathie Paris. ISOP
Orador Internacional
Autor do livro: « Traité Pratique d’Ostéopathie Viscérale » aux éditions Frison-Roche
Autor do livro: «Cahier d’Ostéopathie pelvi-périnéale» prefácio do professor François Desgranchamps chef de serviço de urologia, hôpital St Louis, Paris. Aux éditions Frison-Roche.
Co-fundador e diretor administrativo da escola de formação e avaliação anátomo-clínica. EFEAC
Apesar de sermos uma instituição muito jovem, nem por isso nos devemos esquecer de que o que aqui fazemos é muito antigo, vem de muito longe e vai para muito longe: começou naquele dia perdido nos tempos em que pela primeira vez um ser humano percebeu que por detrás da biomecânica existia uma fisiologia imanente perante a equação da estrutura versos função e era obrigatório passar à geração seguinte a experiência e o saber que «o labor, o trabalho e a ação», como diria Hannah Arendt, lhe tinham proporcionado. Nesse dia longínquo, há dezenas de anos, esse ser humano deu início a uma das atividades mais belas e mais nobres da Humanidade: o ensino da Osteopatia.
É com o compromisso e o dever para com os nossos antecessores e alunos, que assumimos o ensino da Medicina Osteopática segundo os seus primórdios Princípios, com intuito na evolução e progresso do conhecimento.
Bem hajam ao IPOC.
O Diretor,
Marco Silvestre